XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telesaúde

Dados do Trabalho


Título

Uso da telemedicina como estratégia de implantação e qualificação em serviços

Resumo

Uma vez que as doenças cardiovasculares (DCV) constituem atualmente a maior causa de morbidade e mortalidade, a possibilidade de utilizar instrumentos que permitam uma atuação mais eficaz na sua prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento abre perspectivas muito relevantes, com o intuito de prestar melhores cuidados à população e comunidades que servimos. O projeto aborda dois principais eixos: pré-hospitalar fixo (PH) e capacitação. No PH, as iniciativas incluiram apoio ao diagnóstico e à decisão clínica em até 150 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com ênfase na utilização de eletrocardiografia (ECG) para diagnóstico precoce e tratamento ágil de complicações, além de suporte à decisão clínica por meio de teleconsultoria telefônica e/ou videochamada. A implementação e monitoramento das diretrizes de Síndrome Coronariana Aguda (SCA). No eixo de capacitação, foram oferecidas sessões de aprendizagem virtual para qualificação contínua em urgências cardiovasculares. O projeto tem duração trienal, mas o seu início se deu em novembro de 2022 após publicação em diário oficial. No ano de 2023, foram realizados 347 mil eletrocardiogramas, em 268 mil pacientes dos quais 9 mil laudos apresentaram alterações, totalizando 3,3%. O alcance desta tecnologia se dá em 19 Unidades Federativas e 104 municípios, permitindo o alcance de especialistas a todas as regiões do Brasil. Para a implementação das boas práticas são coletados os desfechos clínicos após 48 horas, além de reuniões e visitas in loco com a estruturação do Protocolo de Dor Torácica para Síndrome Coronariana Aguda Com Supra desnivelamento do Segmento ST (SCACSST) e Monitoramento por indicadores. Durante essas atividades são sempre elaborados planos de resgate para garantir a extração de todas as informações necessárias e monitorados os tempos, como tempo porta ECG com redução em média para 13 minutos em 1 ano e tempo porta agulha com redução para em média 24 minutos em 1 ano. Em relação a adesão da terapia trombolítica como tratamento para os casos de SCACSST ainda há o desafio na implementação, pois somente em 15% das oportunidades elegíveis houve o uso adequado. Os resultados preliminares destacaram a ampliação do acesso à telemedicina em diversas regiões do Brasil, permitindo o diagnóstico precoce e a intervenção oportuna em casos alterados.

Área

Tecnologias Digitais para Assistência Remota em Saúde - Teleatendimento

Autores

CAMILLA DO ROSARIO NICOLINO CHIORINO, Rodrigo Olyntho, Carlos Funes Prada Filho, Hadrien Felipe Meira Balzan, Marcela Gutierrez