XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telesaúde

Dados do Trabalho


Título

CONSTRUÇÃO DE ROTEIRO PARA TELECONSULTA EM NEURLOGIA COMO ESTRATÉGIA NO TREINAMENTO DE DISCENTES DE MEDICINA, NA UNIDADE AMBULATORIAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LAGARTO, SERGIPE, BRASIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Apresentação do Caso

O desenvolvimento de aptidões para a prática da telemedicina é imperioso no fornecimento de uma assistência remota de qualidade. O relato de experiência, aqui descrito, sugere um roteiro norteador para a teleconsulta em neurologia, a ser utilizado em um hospital universitário, com o objetivo de fomentar a prática segura da telemedicina a partir da graduação.

Discussão

O desenvolvimento desse roteiro de teleatendimento em neurologia objetivou manter os aspectos fundamentais da consulta médica presencial acrescido de itens específicos da consulta a distância. Dessa forma, neste guia inicial, os seguintes pontos elementares da consulta foram preservados: anamnese, hipóteses diagnósticas, exames complementares e conduta. E quatro pontos considerados fundamentais para a prática qualificada da assistência remota em neurologia foram incluídos no roteiro. O primeiro ponto salientado no atendimento a distância é a anuência inequívoca do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) no início ou previamente a consulta. O segundo ponto é a informação quanto a instrução digital do paciente e se houve necessidade de assessoramento do atendimento por outro individuo, o que pode interferir positivamente ou negativamente na relação médico paciente. O terceiro ponto é registrar qual foi o tipo de teleatendimento fornecido: teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, telemonitoramento ou televigilância, teletriagem e teleconsultoria, uma vez que para cada modalidade há indicações e limitações especificas. E o quarto, e último ponto é o telexame neurológico para o qual, durante sua realização é importante registrar quais foram as partes do exame de fácil avaliação, de difícil avaliação ou até mesmo aquelas não possíveis de serem avaliadas por meio das ferramentas digitais, tais como palestesia e reflexos. Assim, o desenvolvimento desse roteiro orientador para as teleconsultas em neurologia exigiu o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que objetivam após a utilização prática do material proposto um feedback do discente com foco em um processo de construção do conhecimento conjunto e reflexivo.

Comentários Finais

A utilização da telemedicina como mais um campo de prática para a educação médica demanda o aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem também neste cenário. De forma que, a experiência descrita propicia não só ao discente mas também ao preceptor o aperfeiçoamento de seus saberes e práticas e consequentemente a garantia da qualidade da atenção.

Área

Tecnologias Digitais para Educação em Saúde

Autores

JAQUELINE FREIRE SOARES, ANTONIELE DOS SANTOS PIMENTEL, RAFAEL PINTO LOURENÇO, AMANDA VITÓRIO DE LIMA OLIVEIRA, EVELYN DE OLIVEIRA MACHADO, RENATA SOBRAL LIMA