Dados do Trabalho

Título

Assistência remota e redes de atenção à saúde

Apresentação do Caso

O uso de tecnologias da informação e comunicação como apoio a tomada de decisão dos profissionais no diagnóstico, manejo clínico, regulação e priorização dos encaminhamentos é uma realidade nos serviços públicos de saúde no Brasil. Além de ampliar o acesso e qualificar as filas de espera na média e alta complexidade, atua como uma ferramenta de educação permanente e de interação entre especialistas e, destes, com os profissionais da Atenção Primária à Saúde. Gestores também podem se beneficiar dos serviços de Telessaúde para diagnóstico das condições de saúde, acompanhamento do fluxo de pacientes e dimensionamento de serviços. A rede de atenção é a forma de organização dos serviços no SUS para assegurar a identificação e resolução das necessidades de saúde da população, de forma eficaz, em diferentes contextos. A organização em redes tem como propósito lidar com processos complexos de gestão e atenção, que demandem integração e interação de serviços ofertados por diferentes agentes, de modo a assegurar a continuidade e a integralidade da atenção à saúde. A assistência remota (teleassistência) é um dos itens do sistema de apoio na estruturação das redes de atenção à saúde. A implantação de serviços remotos segundo o fluxograma organizacional dos sistemas locais e regionais de saúde potencializa o alcance dos resultados esperados.

Discussão

Neste trabalho, elencamos as etapas de implantação da assistência remota em rede adotada por um Núcleo de Telessaúde. Após os esclarecimentos sobre o funcionamento da assistência remota, é realizado mapeamento das especialidades envolvidas, dimensionamento da demanda reprimida e de vagas para atendimento, serviços de referência municipais e regionais (solicitantes, registro/coleta e envio do exame, especialistas para laudo e/ou atendimento), pactuações e deliberações que possam auxiliar o processo. Para cada município é organizado o fluxo de encaminhamento de exames, segundo o fluxo operacional da rede local e da decisão de gestão quanto aos pontos de registro/coleta, unidades de saúde, solicitantes e emissão de laudo. Nesta experiência, estão conformadas 20 redes (11 estaduais e 9 municipais) que atendem solicitações de mais de 9 mil médicos lotados em quase 7 mil unidades de saúde de 606 municípios com 1054 pontos de coleta.

Comentários Finais

A experiência tem se mostrado exitosa e funcional, disponibilizando dados para o planejamento e gestão local da rede. Em 5 anos foram 46,2 mil casos com prioridade para atenção terciária (3,3 mil melanoma).