Dados do Trabalho
Título
CAPACITAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TELEMONITORAMENTO EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLA RURAL DO INTERIOR DA BAHIA
Apresentação do Caso
A estratégia de saúde da família é a modalidade de estruturação utilizada na atenção primária em saúde, sendo sua equipe dividida em categorias profissionais que visam propiciar ao usuário do Sistema Único em Saúde (SUS) um acompanhamento longitudinal e multidisciplinar. Diante disso, este trabalho relata a experiência de uma unidade de saúde da família rural do interior da Bahia com a implementação e utilização da telemedicina no contexto de assistência à população adstrita. Com o advento da tecnologia, mesmo locais tidos como remotos em zona rural, já possuem acesso à internet e possibilidade de interação à distância. Nesse cenário, foi idealizado pela equipe a utilização de telemedicina como estratégia de cuidado. Para isso, foi realizado capacitação com agentes comunitários de saúde (ACS): 1) orientação sobre uso de ferramenta de interatividade (What’sApp) - celular fornecido pela secretaria municipal para uso exclusivo; 2) noções de organização do ambiente de consulta - espaço reservado, iluminado e boa conexão; 3) aspectos éticos - sigilo profissional e registro. Após essa fase inicial de capacitação, foi realizado a fase de aplicação: ACS durante suas visitas domiciliares percebia demanda de atendimento remoto ou sinalizado de alguma situação de monitoramento pelo médico, prosseguia com a marcação do horário com a recepção. No horário agendado, o médico, na unidade, realizava a ligação em forma de vídeo para o ACS, localizado na residência do paciente, sendo realizada a teleconsulta. Vale ressaltar que o paciente ficava sozinho em local de atendimento em sua residência e todas as informações eram registradas em prontuário eletrônico pelo médico assistente.
Discussão
Pelo fato desta unidade de saúde da família estar localizada em zona rural, com pequenas comunidades afastadas dela, alguns usuários relatam dificuldade de deslocamento. Diante disso, utilizando mínimos recursos e sem custos adicionais, as teleconsultas médicas surgem como recurso extra para o acompanhamento periódico dos pacientes: solicitação de exames de rotina; renovação de receitas de uso contínuo; monitoramento de condições de saúde. Ademais, os ACS, estando capacitados e sendo a “porta do SUS”, propicia um melhor uso do recurso e aceitação pelo usuário.
Comentários Finais
A capacitação dos ACS para organização e gerenciamento das teleconsultas teve impacto positivo na redução das distâncias, garantia do acesso à saúde de forma facilitada e resolutividade.
Área
Tecnologias Digitais para Assistência Remota em Saúde - Teleatendimento
Autores
RAFAEL CARNEIRO DE LELIS, GESSIVALDO FRANCISCO DE SOUZA, ANA FERNANDA CARNEIRO DE OLIVEIRA