Dados do Trabalho

Título

TELEDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA SAÚDE

Resumo

A necessidade de integrar a tecnologia ao sistema de atenção à saúde tornou a telessaúde uma estratégia profícua para prestação de cuidados. A teleducação, uma de suas modalidades, é uma ferramenta proposta para colaborar no fomento da educação permanente por oportunizar formação e qualificação aos profissionais de saúde, principalmente em regiões remotas. O presente trabalho objetivou averiguar as iniciativas empreendidas para impulsionar a educação permanente dos trabalhadores na atenção básica, mediadas pela modalidade teleducação, após a implantação do Programa Telessaúde no Brasil. Tratou-se de um estudo de revisão por meio de consulta às bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e do PubMed, entre os meses de outubro a dezembro de 2023. A pergunta norteadora e os descritores foram definidos com utilização da técnica PICo. A combinação dos termos Teleducação, Educação Permanente, Educação Profissional em Saúde e Atenção Básica com os boleanos AND e OR possibilitou o levantamento inicial de 815 publicações, das quais 407 atenderam aos critérios de inclusão. Após a leitura dos resumos e a exclusão de artigos duplicados, foram elencados para leitura na íntegra 38 estudos, dos quais, 13 foram selecionados para análise e discussão. Os artigos foram publicados entre 2011 e 2023, posteriores à reformulação do Programa Telessaúde. Identificou-se que o método predominante dos estudos foi o descritivo, com abordagem qualitativa e o foco temático centrado na oferta e avaliação de recursos da teleducação para trabalhadores alocados no Sistema Único de Saúde (SUS). A Teleducação foi concebida como uma estratégia executável e destaca-se a sua potencialidade para colaborar com a capacitação da equipe multidisciplinar na atenção básica. São considerados facilitadores: propiciar comunicação e interatividade, favorecer a troca de experiências, facultar o contato com os grandes centros e ser uma rede de apoio para resolução de demandas locais. Entretanto, as falhas para o acesso e a baixa adesão pelos profissionais às atividades são percebidos como fatores restritivos, sendo necessário melhor adequação de recursos humanos e tecnológicos, como a conectividade. Considerou-se que as ferramentas da teleducação são amplamente utilizadas e podem fortalecer a proposta de educação permanente no SUS, mas a estratégia ainda carece de melhor divulgação e sensibilização entre os profissionais, e de maior incentivo ou apoio para melhor implementação pelos gestores.