Dados do Trabalho
Título
ATROFIA CORIORRETINIANA PARAVENOSA PIGMENTADA
Fundamentação/Introdução
A atrofia coriorretiniana paravenosa pigmentada (ACPP) é uma degeneração rara, de etiologia desconhecida, sendo, geralmente, assintomática, bilateral e simétrica. Apresenta caráter não progressivo ou lentamente progressivo, caracterizada por atrofia e acúmulo de pigmento na forma de espículas ósseas ao longo das principais veias retinianas, estendendo-se, na maioria das vezes, do polo posterior à periferia da retina. O disco óptico e o calibre dos vasos geralmente não são afetados. Apesar de não possuir tratamento específico, apresenta um bom prognóstico por evoluir de forma lenta com acuidade visual minimamente afetada. Por essas razões, destaca-se a importância desse trabalho para o conhecimento dessa patologia oftálmica.
Objetivos
Descrever um caso de atrofia coriorretiniana paravenosa pigmentada.
Delineamento e Métodos
Este trabalho é um relato de caso.
Resultados
Paciente do sexo feminino, 53 anos, compareceu ao serviço de oftalmologia para consulta de rotina. Hipertensa e diabética não insulino dependente. Acuidade visual com correção de 20/20 em ambos os olhos; Biomicroscopia: câmara anterior ampla, córnea transparente, esclerose inicial, íris atrófica e pterígio em olho direito. A partir da análise fundoscópica inicial, na qual foram observadas alterações, foi solicitado o mapeamento de retina com retinólogo que revelou atrofia paravenular temporal superior em olho direito e temporal inferior em olho esquerdo com presença de buracos atróficos. Após resultado do exame supracitado foi indicado tratamento com fotocoagulação à laser em ambos os olhos. Seis meses após tratamento, paciente retornou para avaliação, assintomática com estabilidade do quadro clínico.
Conclusões/Considerações Finais
Atrofia coriorretiniana paravenosa pigmentada é uma doença rara com poucos relatos publicados até o momento. De etiologia não claramente compreendida, apresenta como principal diagnóstico diferencial a retinite pigmentosa, mas pode estar associada com outras patologias inflamatórias, como doença de Behçet, sarampo, rubéola, sífilis e tuberculose. Apesar de possuir estabilidade clínica, com mínimas evidências de progressão estrutural ou funcional, a fotocoagulação à laser pode ser aplicada na prevenção de futuros quadros de descolamento retiniano.
Palavras-chave
doenças da retina; distrofias retinianas; atrofia retiniana; pigmentação da retina; atrofia coriorretiniana paravenosa pigmentada
Área
RETINA
Categoria
E-POSTER
Autores
ROCIO MORALES MANGIALARDO, LAURA PIUZANA ALVES, ISABELLA FILIPAKE PABIS, BRUNA DE SOUZA BRITO, ABENOR MOREIRA MINARÉ FILHO